Compartilhamos aqui o processo criativo do espetáculo "Nijinski, Casamento com Deus" que integra o projeto "Poeira" do Grupo Minik Momdó juntamente com "Olho" Video performance de Marcio Marques, "Escamando" espetaculo de dança de Daniela Dini e "Quanta" instalação para crianças de Suzana Schimdt. Projeto supervisionado por Maria Mommensohn contemplado pelo 8º Fomento a Dança da Cidade de São Paulo
outubro 18, 2010
outubro 04, 2010
Nijinsky – casamento com Deus
Provocação cênica e dramatúrgica – 30 de setembro de 2010
(tiago luz)
“Nijinski - Casamento com Deus” aborda a genialidade, a arte e a espiritualidade mediante a inter-relação do corpo, da dança e da gestualidade com o espaço cênico, sua topografia, o objeto em cena, a música, a sonoridade e a iluminação. Elementos que compõem imagens cênicas que tentam traduzir as concepções de Nijinski sobre morte, medo, loucura, amor, a própria humanidade e Deus.
Figura capital na história da dança, bailarino insuperável, coreógrafo ousado, que anteviu as conseqüências do processo de industrialização para o corpo e para o movimento, não apenas no universo da dança ou da arte, mas também para a própria vida.
Uma personalidade que atraía a admiração atônita de todos com a mesma intensidade com que absorvia as questões mais caóticas e desafiadoras que o mundo à sua volta propunha ao seu tempo.
Um gênio que apresentou toda uma concepção metafísica do homem em seus escritos e na cena.
setembro 24, 2010
Sobre os desenhos de Nikinski
George Barbier's first illustrated book:
Designs on the Dances of Vaslav Nijinsky
Dance of Colours. Nijinsky's Eye and Abstraction
20 May to 16 August 2009
Hubertus-Wald-Forum
On 19 May 1909, the Russian dancer Vaslaw Nijinsky (1889-1950) and the ballet company Les Ballets Russes had their European premiere in Paris. Nijinsky immediately became an unrivalled star on the stages of Europe, and ranks as the most important dancer of the twentieth century until today. Apart from his exceptional career as a dancer and choreographer, Nijinsky also created large numbers of coloured paintings and gouaches in 1918 and 1919. These works are here for the first time presented comprehensively. With finely-drawn coloured circles and ellipses and strongly-coloured plane surfaces, Nijinsky produced series of images where space and line are interwoven and rhythm and colour are transformed into a painted choreography of intense emotions.
Nijinsky’s highly impressive paintings are here for the first time presented in the context of modern art in Paris after 1910. Around 100 drawings by Nijinsky, mostly from the Foundation John Neumeier, will be juxtaposed with important paintings by the Russian artists Sonia Delaunay-Terk, Alexandra Exter, Vladimir Baranov-Rossiné, Léopold Survage and the Czech painter Frantisek Kupka. Like Nijinsky at times, these painters lived in Paris between 1910 and 1925 and worked on the themes of dance, rhythm and motion in a highly abstracted manner. Strong colours, arches, concentric circles, ellipses and sweeping curves dominate their compositions. The paintings are marked by a strong, rhythmic accent and call to mind a dance motion or the musical progression of a film sequence. In their dynamism the physical presence of the human figure on the canvas links up with the light, the shapes and the vibrations of the cosmos to build up to a stirring dance of colours.
The exhibition offers an entirely new perspective on the origins of abstraction from dance. It is a unique contribution to the worldwide events that mark the centenary of the Ballets Russes’ spectacular debut in Paris. The historic personality of Nijinsky, the outstanding dancer of the twentieth-century, comes alive in a separate section of the exhibition in photographs, posters, paintings and sculptures by leading artists of Nijinsky’s time, on loan from the private collection of John Neumeier.
Curators of the exhibition: Prof. Dr. Hubertus Gaßner und Dr. Daniel Koep
agosto 26, 2010
agosto 25, 2010
Links do Tiago Luz
http://www.vimeo.com/12172609 http://www.vimeo.com/12174668
Esses dois links são muito interessantes para pesquisa, das primeiras contribuições
de Tiago. Tem remontagens das coreografias do Nijinski.
agosto 21, 2010
O PONTO DE PARTIDA
Sua personalidade tinha a força estrondosa de um buraco negro, cuja potência pode irradiar-se com ousadia e intrepidez, atraindo pra si magneticamente a admiração atônita de todos, ou absorver com igual intensidade as questões mais caóticas e desafiadoras que o mundo a sua volta propôs ao seu tempo. Questões essas que ainda hoje se colocam perante o mundo, ainda hoje sem resposta, e que o devoraram, levando-o ao ponto da auto-implosão. Esta potência paradoxal é o ponto de partida para a pesquisa iniciada em 2008 e que sustenta a atualidade deste projeto.
A estrutura central da pesquisa foram os textos dos "Cadernos" que ele escreveu sob orientação psiquiátrica e que foram publicados segundo seus intuitos messiânicos, os livros “Nijinski”, de sua esposa Romula Nijinski, e “O Outsider”, de Collin Wilson; também a produção plástica do próprio Nijinksi, como também de outros artistas que o retrataram.
As mudanças que Nijinski como artista desencadeou no desenvolvimento da dança, seu caráter performático frente à dança clássica, utilizando-se inclusive do improviso em cena, deflagrando uma concepção nova do espaço, inauguraram a modernidade na dança. Com esta mesma potencialidade visionária é que ele apresenta uma concepção metafísica do homem em seus escritos e na cena. Assim, além de uma figura capital dentro da história da dança, de um bailarino insuperável e de um coreógrafo incompreendido, tratamos também de um homem genial, que anteviu as conseqüências desastrosas do processo de industrialização que vivenciamos em nosso tempo, e que trouxeram claros reflexos para o corpo e para o movimento, não apenas dentro do universo da dança ou da arte, mas da própria vida.
O foco está em sua vivência interna, na etapa introspectiva de sua vida, em que abandona a arte para afastar-se do mundo, retirando-se em Saint-Moritz para aproximar-se de Deus.
O corpo, a dança e a gestualidade, a inter-relação destes com o espaço cênico e sua topografia, são alguns dos elementos escolhidos para estabelecer um prolongamento possível das idéias de Nijinski, imagens cênicas das suas concepções de morte, medo, loucura, amor, da própria humanidade e de Deus. Retratar a sua mente - que Nijinski dizia tirar-lhe o foco do sentir, afastando-o da vida, do amor e da espiritualidade - é o que, paradoxalmente, nos permite, através das palavras e pensamentos que deixou, percorrer o caminho inverso e nos aproximar do seu ser.
As mudanças que Nijinski como artista desencadeou no desenvolvimento da dança, seu caráter performático frente à dança clássica, utilizando-se inclusive do improviso em cena, deflagrando uma concepção nova do espaço, inauguraram a modernidade na dança. Com esta mesma potencialidade visionária é que ele apresenta uma concepção metafísica do homem em seus escritos e na cena. Assim, além de uma figura capital dentro da história da dança, de um bailarino insuperável e de um coreógrafo incompreendido, tratamos também de um homem genial, que anteviu as conseqüências desastrosas do processo de industrialização que vivenciamos em nosso tempo, e que trouxeram claros reflexos para o corpo e para o movimento, não apenas dentro do universo da dança ou da arte, mas da própria vida.
O foco está em sua vivência interna, na etapa introspectiva de sua vida, em que abandona a arte para afastar-se do mundo, retirando-se em Saint-Moritz para aproximar-se de Deus.
O corpo, a dança e a gestualidade, a inter-relação destes com o espaço cênico e sua topografia, são alguns dos elementos escolhidos para estabelecer um prolongamento possível das idéias de Nijinski, imagens cênicas das suas concepções de morte, medo, loucura, amor, da própria humanidade e de Deus. Retratar a sua mente - que Nijinski dizia tirar-lhe o foco do sentir, afastando-o da vida, do amor e da espiritualidade - é o que, paradoxalmente, nos permite, através das palavras e pensamentos que deixou, percorrer o caminho inverso e nos aproximar do seu ser.
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